segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Nananinanão!




Era uma festa como tantas que existem por aí, com muita gente e uma banda bacaninha tocando o que fazia a galera dançar. Dançar. Eu não fazia isso acho que desde que era criança... ok, com alguns amigos em momentos nossos, mas sem nenhuma pretensão de dançar bem, ou até de dançar mesmo, porque era tudo entre amigos e tava tudo ok.

Um cara com uma cerveja na mão e tão bêbado que estava até de olhos semicerrados veio me chamar pra dançar, neguei logo, mas fiquei até com medo! Sei lá, a gente ouve tanta coisa... Fui me afastando dele pra perto de uma amiga. Um outro não achei interessante e o não foi bem fácil. Ao terceiro eu disse que não sabia dançar, mas ele não deu crédito e quis mesmo assim. E eu aceitei - gosto muito mesmo de homens com atitude. Dançamos algumas vezes até que percebi que ele não queria só dançar, mas eu não.

Fiquei com os amigos no embalo da música e percebi um cara me olhando, mas continuei na minha. Até que ele estendeu a mão.

Santo Deus, como danço mal!

Ok, ele também não queria só dançar. Disse para irmos para um lugar mais aberto, e eu logo me afastei e disse não! Que era só ali e só dançar. E a resposta foi que era melhor ficar só ali que não dançar comigo - não, eu não dançava nada bem mesmo, eram mesmo as segundas intenções. 

E foram várias tentativas que eu inventei que tinha namorado. E foram mais outras tantas tentativas. 
Eu resisti a todas até quando uma mão encostou na minha nuca... E acabou aí. Por mais um pouco eu ia esquecer a lorota de namorado - sou adepta da fidelidade -, mas foram tentas negativas que os amigos dele o levaram. Ele segurou meus dedos até o máximo de dois braços esticados, tocou meu queixo e disse:
- Eu volto! Eu vou voltar.

Senti sede, resolvi sentar para descansar os pés de algumas horinhas no salto 15. A banda parou, o sol chegou e a festa acabou.